Casamento não é missão, casamento é amor em ação

O que você precisa valorizar no seu casamento? Pare um pouco e relacione duas ou três áreas onde você precisa investir em seu casamento.

Os dez mandamentos do namoro

O namoro não faz parte da cultura bíblica. Prova disso é que não lemos de namoro na Bíblia. Mas as Escrituras têm o dizer sobre o assunto.

Podemos fazer sexo anal?

Se você vai praticar sexo anal use camisinha, use um bom lubrificante, relaxe a musculatura na hora da penetração, e seja feliz!

Algumas lições para os casais

Os casados devem viver o casamento como se o não fossem, com liberdade madura, com leveza, conquistando cada dia o nosso cônjuge.

Casamentos saudáveis

Os estudos mostram “sete chaves” para se vivenciar uma aliança e não apenas um casamento funcional.

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terça-feira, 29 de julho de 2014

Como fazer para reconstruir minha família de volta

Recebi um e-mail de uma senhora que encontrou nosso blog, gostou de seu conteúdo e até imprimiu algumas coisas dele. Ela está passando por um processo de separação e quer saber: “Como fazer para reconstruir minha família de volta”. É difícil dizer alguma coisa específica para ela sem conhecer detalhes da situação. Mas, aproveito para dizer algo que possa ajudá-la de alguma maneira e a tantos que vivem dias difíceis no ambiente familiar.

Defender a família é defender o óbvio. Todos nós procedemos da família, nos constituímos em família e vivemos em família. Mesmo aquelas pessoas que se encontram em situação degradante e que vivem na rua da amargura, na desilusão, sozinhas, sem esperança e sem Deus no mundo; mesmo essas pessoas tiveram um pai e uma mãe. A família é chave, é base para todos e deve ser amada, cuidada e defendida sempre.

Quando duas pessoas se relacionam, se amam e decidem casar, fazem isso livremente como expressão de amor, compromisso e com a intenção de viverem juntas até que a morte os separe. Esse é o ideal e quase sempre é o desejo inicial de todo casal, ainda que não se possa negar aqueles casos onde casamentos acontecem com segundas intenções e que logo acabam porque nunca começaram de verdade. E, se não acabam com a separação, vegetam debaixo de um teto apenas por conveniência para manter uma aliança “diante de Deus”, para não fazerem feio para a família, para não perderem o convívio com os filhos, e em muitos casos para poderem continuar dentro dos padrões da igreja.

Infelizmente muitos casamentos são mantidos apenas na aparência, porque na verdade nunca existiram de fato. Falando de casamento Jesus disse: “o que Deus ajuntou não o separe o homem”. O que ele quis dizer com isso? Deus ajunta todos os casais pelo casamento ou nem todo casamento é unido por Deus? Eu sou de opinião que, sem amor, nenhuma cerimônia conjugal casa ninguém e que o registro conjugal num cartório não passa de um acordo legal e não de um casamento, isso quando o casal não se casa por amor de livre consciência. Casamentos arranjados, interesseiros e convenientes não são casamentos, mas apenas o que são pelos motivos que os fizeram acontecer.

Casamento é para pessoas adultas, conscientes, responsáveis, livres e que sabem o que estão fazendo quando casam. A Bíblia diz: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Casamento implica em deixar a casa dos pais. Muitos casamentos não dão certo porque o marido ou a esposa não conseguem deixar a casa dos pais. Até mudam de casa, mas não conseguem deixar de depender de onde saíram. A dependência pode ser emocional, financeira e até de gestão administrativa. Quando alguém casa continua filho e filha e deve honrar pai e mãe, porém, não pode ficar na dependência afetiva dos pais ao ponto de prejudicar a relação conjugal. O ditado popular diz: “Quem casa quer casa”. Então, o casal novo deve ser capaz de se manter financeiramente e capaz de tomar suas próprias decisões sem a interferência dos pais. Isso não impede um conselho voluntário dos pais ou solicitado pelos filhos, mas nada de interferências intrusas, abusivas, ou dependência doentia dos filhos.

Deixar pai e mãe leva ao segundo passo que é unir-se ao cônjuge. Essa conjugalidade aplica-se a tudo, é uma união integral, física, emocional, espiritual, financeira e tudo o mais que envolva a relação de um casal. Isso não anula a individualidade, a liberdade de pensar, opinar, decidir, escolher, mas sempre levando o outro em consideração. O texto bíblico citado acima ainda diz que os dois se tornam numa só carne. A união de um casal acontece também na junção sexual, na parceria nua e crua de um erotismo sem falsos pudores, sem limites pra sonhar e fazer acontecer. Muitos casamentos emperram aqui porque os cônjuges não entendem ou não aceitam esse mútuo pertencimento. O marido deve dar à esposa tudo o que lhe é devido sexualmente, também, de igual modo, a esposa ao seu marido. O corpo da mulher é para o seu marido e o corpo do marido é para sua mulher. Nenhum deve negar nada ao outro, mas apenas o que for de mútuo consentimento. A restauração de um casamento pode estar na restauração da vida sexual do casal.

Ninguém casa com estranhos, o que significa dizer que ambos precisam conhecer o histórico familiar um do outro. Isso é importante para a compreensão do porque cada um é como é. Esse conhecimento da herança familiar faz diferença nas crises conjugais no sentido de entender, perdoar, aceitar, ceder, tolerar ou procurar ajuda específica. Casamento não só requer compreensão sobre o outro como o outro é, mas também implica abrir mão de opiniões, desejos e interesses. Casamento não é lugar para medir forças com o cônjuge, porque no casamento os dois jogam no mesmo time, de modo que quando um ganha o outro ganha e quando um perde o outro também perde.

Quando o casamento não vai bem é muito fácil culpar o outro, mas não se reconstrói um casamento culpando a pessoa que dizemos amar e com a qual queremos viver até o fim da vida. Cada um deve se enxergar, fazer sua parte, conversar bastante, analisar todas as situações, pesar o que é positivo e negativo na relação e juntos se empenharem para o bem comum da vida familiar. O marido deve dar tempo para sua esposa, apoiá-la em seus afazeres, ser carinhoso, amoroso, respeitoso e paciente com ela. Semelhantemente a esposa deve respeitar seu marido, agradá-lo e apoiá-lo no que ele faz. Isso tudo parece estranho em nossos dias porque muitos casais vivem competindo entre si, mas não é desse modo que se constrói uma família.

Quando existem filhos a responsabilidade aumenta. Toda possibilidade de separação deve ser muito bem pensada porque os filhos sofrerão com isso. Por outro lado, nenhum casamento deve ser mantido apenas por causa dos filhos. Se todas as tentativas de continuidade do casamento se esgotarem, o casal deve fazer tudo conforme a lei, nunca priorizando coisas em detrimento das pessoas, considerarem com calma e bom senso a situação dos filhos e tocarem a vida para frente.

O casamento é importante na vida de qualquer pessoa, mas ele não é tudo. A vida continua e pode continuar melhor, principalmente quando o casamento é tão mau que justifique uma separação. Faça de tudo para restaurar seu casamento, mas não ao ponto de destruir-se por isso ou de achar que sem a permanência desse casamento tudo o mais perde a razão de ser. Não, você pode recomeçar sem casamento ou em outro casamento. Somente você pode decidir o que fazer. Peça a bênção de Deus sobre o seu casamento e faça o que acha que deve fazer depois de ponderar todas as possibilidades.

Antonio Francisco

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Tempo em seu casamento

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que pensava. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente. Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!"

Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando.

Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta.

O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane.

Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim.

Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente.

Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado.

Eu me senti libertado enquanto ela chorava.

A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo.

Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível.

As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs.

Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a ideia totalmente absurda.

"Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!".

Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio".

Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o

trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava.

Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração.....

Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe".

Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de ideia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço.

Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de ideia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane.Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?

" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor.

Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouvi-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento.

Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, façam pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz! Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer.

Mas se escolher enviar para alguém, talvez salve um casamento.

Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir..

Palavras que agregam valor: superar, perdoar, amar, reconciliar, agir com humildade, viver.

Rosângela Linhares.